ALGUNS DOS DESAFIOS DA CAMIONAGEM EM ANGOLA
Viajando por estrada de Luanda para a Santa Clara, passando por Cuanza Sul, Benguela, Lubango e Ondjiva, é comum se deparar com camiões de vários tipos e modelos, cujas matrículas indicam serem provenientes da República da Namíbia, da África do Sul, da Zâmbia, Botswana, etc.
Outra característica distintiva é o lado do volante desses camiões (à direita).
Esses camiões transportam cargas diversas que incluem maquinários para as explorações mineiras no leste do país, produtos alimentares com destino a Luanda, meios industriais, implementos agrícolas, etc, etc.
Os seus motoristas estão normalmente sozinhos.
Há quem diga que os seus patrões não assumem o pagamento do valor do “ajudante”. Ouve-se também que aqueles camiões não precisam de ajudantes porque dificilmente avariam e caso tal suceda, a intervenção é feita por alguém especializado que deverá sair do seu país ao encontro do camião.
No nosso próximo blog, vamos trazer mais detalhes da forma como os nossos camionistas lidam com essa matéria (avarias, manutenção preventiva, correctiva, etc).
Por outro lado, ao viajar da Santa-Clara/ Ondangwa para o interior da Namíbia, atingindo a zona portuária do Welvisbay, Swakopmund e até mesmo a capital Windhoek, avistamos ZERO camiões angolanos.
Fica a impressão de que há alguma interdição qualquer, porque os camiões atingem apenas a zona fronteiriça do Oshikango (mais ou menos 1 km para dentro da Namíbia).
Esse cenário de jugo desigual tráz, no nosso entender, enormes vantagens para a economia namibiana, uma vez que, vendem os seus serviços de transportação para os empresários de Angola e estes certamente os pagam em divisas.
Em contrapartida, o empresário de transporte angolano, tem poucas alternativas e tem de se submeter a trabalhos menos rentáveis, mais sacrificantes, quando existirem.
Como exemplo de fretes pouco rentáveis e com alto grau de danificação do camião está o transporte de sucata ferrosa. É um tipo de carga que dificilmente alguém conseguirá estimar o peso que o camião transporta e os pagamentos são sempre abaixo do esforço. São esses camiões que vezes sem conta, encontramos parados na via, avariados.
O leitor há de convir que estamos diante de um jogo cujas regras são desiquilibradas e sem justeza.
À olho nú, fica a impressão que os camiões angolanos não são bem-vindos tanto na Namíbia como na África do Sul. Já o inverso, os camiões desses países têm carta-branca para rasgar o país- Angola de sul a norte e do mar ao leste, sem restrições.
O outro elemento que precisa ser entendido é o lado do importador angolano.
Por que razão este não considera e contrata serviços de transporte apenas até a fronteira ( sempre que o transbordo for prático) e deste ponto em diante, dever ser feito com frotas de empresários angolanos.
Temos de exercitar mais irmandade ou seremos vistos como desunidos e vulneráveis!
A título de exemplo, os nossos irmãos árabes nos têm dado grandes lições a esse respeito: - São práticas milenares suas, o hábito de comprar o pão diário da padaria do seu compatriota; concertar o carro na oficina do companheiro, e assim por diante. A máxima é que a economia deve circular entre as mesmas mãos por vários ciclos e só depois ela parte para mãos de fora do círculo.
E você caro leitor, quantas vezes levou a sua família a almoçar no restaurante do vizinho e amigo? Ou prefere deslocar para lugares distantes para o efeito? Caso para reflectir!
E voltando para o caso dos nossos camiões vs. dos dos países vizinhos-irmãos do sul do continente, alguém consegue explicar como foi que chegamos a essa situação? Terá havido acordos a esse respeito?
Para nós WWW.CONNECTKARGO.COM é de todo interessante que haja melhor equilíbrio na redistribuição das cargas e haja maior proteção ao empresário de transporte angolano. A economia precisa circular com maior justeza!
Afinal, por detrás de cada camião de um Angolano, há no mínimo 4-5 pessoas que dele depende o seu rendimento. Se estiver parado ou a fazer sub trabalhos, todo esse leque de profissionais deixam de poder programar as suas vidas de forma salutar.
Grato pela leitura.
Para mais artigos informativos e educativos, visite o nosso blog www.connectkargo.com/blog e leia. Emita a sua opinião.
Também fique atento ao nosso podcast que está prestes a ser lançado.
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